domingo, 3 de junho de 2012

Um Acordo Ortográfico nauseabundo...


A língua mãe, é como uma árvore... As raízes estendem-se, proliferam, entrelaçam-se, fortalecem-se, mas nunca se cortam, com risco de matar a árvore ou, no mínimo, destruir parte da sua beleza... O maldito acordo, corta raízes profundas, fundamentais a uma identidade própria... É "néscio e grosseiro", como o apelidou José Gil...Amo a Língua Portuguesa... O dicionário é como uma florista, rodeada de ramos coloridos, em que cada palavra é sinónima de muitas, em pétalas e laços multicolores, vendidas ao balcão da diversidade, ao gosto de cada cliente... Palavras simples e airosas, elegantes e sofisticadas, ternurentas e sensuais, rebuscadas e apelativas, usuais e arcaicas... Como Fernando Pessoa, apetecia-me dizer: “A Língua Portuguesa é a minha Pátria!”... O Novo Acordo Ortográfico, irrita-me, revolta-me, desfeia as palavras... Uma língua deve ser viva, receptiva, dinâmica, mas... Os pais não se devem subjugar aos filhos, com risco de perderem a identidade e a força de valores e princípios (o Brasileiro nasceu do Português)... Já sei que sou obrigada a usar a nova poluição linguística!!... Também posso passar a dar erros, sem me vender a interesses dúbios... Mergulhar na medíocre conivência, também não faz parte do meu ser e estar... Se mais nada puder fazer, como forma de luta, vou dar erros o resto da vida e, não vou comprar livros escritos depois do AO... Só livros antigos em feiras de velharias...

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